Consumidores com Maior Necessidade em Conectar à Tecnologia!

Os consumidores têm cada vez mais a necessidade de estar conectados e integrados com a tecnologia. Esta foi a principal conclusão da 20ª Conferência da GfK ‘Influência da Tecnologia nos Novos Hábitos de Consumo’ , que revela que os consumidores têm hoje uma nova forma de pensar sobre os seus hábitos de consumo.

Assim, de acordo com a GfK, “os consumidores de hoje aproveitam a tecnologia para se reinventarem, no seu modo de vida e na comunidade onde estão inseridos, verificando-se uma alteração no seu sistema de valores – maior conetividade, liberdade, aceleração e intimidade.”

Atualmente, destacam-se três blocos de construção da vida do consumidor, segundo a GfK: Liberdade (de ação/ pensamento), que se manifesta sobretudo na conveniência, simplicidade e controlo que os equipamentos proporcionam; Aceleração, uma vez que o status social do consumidor evolui com maior rapidez e de forma mais fácil e rápida, através sobretudo das redes sociais; e Intimidade, uma vez que hoje os agregados familiares têm cada vez menos elementos e as tecnologias apresentam-se como uma das formas de colmatar este problema.

Para além disso, como refere a GfK, as crises socioeconómicas, como a mais recente crise dos refugiados na Europa, têm provocado um aumento na procura de eletrodomésticos (entre 0,2 e 1,0 %). “A esta variável acresce ainda, pela positiva, o facto de se verificar uma melhoria no sentimento dos consumidores. Em Portugal, os eletrodomésticos são a área com maiores crescimentos, embora os pequenos domésticos tenham tido um segundo semestre (2015) negativo”, refere.

De facto, em 2015, registou-se um crescimento sólido em pequenos domésticos, com vários produtos a contribuir significativamente, nomeadamente os smart appliances.

Atualmente, a conectividade assume-se um dos aspetos mais importantes nos eletrodomésticos, uma vez que, segundo a GfK, permite facilitar a vida dos consumidores e colmatar aspetos emocionais (conforto, saúde e beleza), nomeadamente as máquinas de lavar roupa, os frigoríficos, as escovas elétricas e as máquinas de café.

De acordo com as conclusões retiradas da conferência da GfK, “o desafio para o futuro consiste em criar smart devices úteis e melhor integrados na vida dos consumidores, por forma a melhorar a experiência de vida dos utilizadores”. A isso soma-se o facto de a sustentabilidade do lar estar a ganhar cada vez maior importância, “por isso, as etiquetas de eficiência energética são uma história de sucesso devido ao seu poder diferenciador.”

Preços são cada vez mais competitivos

A GfK revela também que “com o crescimento dos smartphones, os consumidores passaram a ter acesso a preços mais competitivos. A procura pelo melhor preço lidera as pesquisas realizadas na internet (72%), e isto resulta do elevado número de retalhistas que comercializam produtos com características semelhantes, o que faz com que os consumidores queiram e necessitem de estar sempre informados, por forma a tomarem decisões informadas.”

Por outro lado, o ano de 2015 foi marcado por um grande aumento nas promoções. No que diz respeito às promoções nos mercados tecnológicos, em 2015 registaram-se 400 promoções anuais, um número que tem vindo a crescer desde 2011, de acordo com a GfK. “Em Portugal, assistiu-se a vários tipos de campanhas – Online, Desconto Direto e Todas as Áreas (inclui a loja inteira com produtos de vários áreas de negócio).”

E apesar de hoje existirem menos pontos de venda, a experiência do cliente com o retalhista/marca surge como o fator mais valorizado pelos consumidores. “Perspetiva-se ainda que o retalho móvel ganhe importância no futuro e que em Portugal o crescimento seja positivo, sólido, contudo lento. As áreas com maior crescimento previsto para 2016 são Eletrónica de Consumo, Telecom e Grandes e Pequenos Eletrodomésticos”, indica.

Por outro lado, Informática, Fotografia e Entretenimento deverão ser os segmentos que crescerão menos.

Mas afinal o que esperam os consumidores da tecnologia?

Os dados da GfK revelam ainda que os consumidores querem que os seus dados estejam protegidos (48%), querem estar sempre ‘ligados’ (44%) e tecnologia que seja fácil de utilizar (31%).

Atualmente, cerca de 3 mil milhões de pessoas utilizam a Internet e, em Portugal, o uso da Internet triplicou nos últimos 14 anos, com 90% da população a revelar que tem um telemóvel, 40% dos quais são smartphones.

Aqui, o impulsionador da mudança tem sido o Mobile. “O boom dos tablets e o contínuo crescimento dos smartphones tornaram o acesso à Internet mainstream. Estima-se que em todo o mundo sejam vendidos 1400 milhões de unidades de smartphones em 2016. O consumidor conectável necessita de ecrãs maiores, tendo aumentado 38% (face a 2014) o número de smartphones vendidos com ecrãs maiores ou iguais a 5 polegadas”, revela o estudo.

Para além disso, a utilização que os consumidores fazem dos seus smartphones quando estão em loja também tem vindo a mudar. Hoje, os dispositivos servem sobretudo para comparação de preços (40%), contato a amigos/ familiares a pedir conselhos (40%), e fotografar os produtos (36%).

Fonte: Distribuição Hoje

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