Segundo um estudo realizado pela Deloitte, no âmbito do Observatório da Competitividade, cerca de 30% das empresas inquiridas considera que as medidas do OE 2015 terão impacto positivo nas suas empresas. São da opinião que o sistema fiscal português melhorou em eficácia mas manteve a sua complexidade.
As empresas deram boa nota aos serviços fiscais online, mas voltaram de novo a criticar a carga burocrática nesta área. Os inquiridos fizeram também uma avaliação positiva das alterações fiscais introduzidas pelo Orçamento do Estado para 2015 e das reformas do IRS e da Fiscalidade Verde.
Mas apesar desta opinião, somente 30% dos participantes consideram que as alterações vão ter impacto positivo nas suas empresas, face aos 48% que não prevêem qualquer impacto, uma percentagem que cresce 21 pontos percentuais face a 2014, ano em que foi aprovada a reforma do IRC. Em termos gerais, as empresas estão também este ano mais convencidas de que a política fiscal do governo vai fomentar o desenvolvimento e favorecer a competitividade no mercado nacional (58%, face a 54% em 2014).
As questões relativas aos vários impostos (IRC, IRS, IVA, benefícios fiscais e outros) tiveram melhor avaliação do que no ano passado, embora as medidas em sede de IRS sejam vistas de forma mais positiva pelos inquiridos (subindo de 2,461 para 3,36 num intervalo de 1 a 5), resultado da introdução da reforma do IRS. Ainda assim, 93% das empresas consideram que a reforma do IRS é “pouco ou nada” simples.
Fonte: Jornal I