As Startups e a “Terceira Plataforma”

A nova geração de empresas portuguesas, em particular as startups na área tecnológica, estão «preparadas para a terceira plataforma e a montar os seus modelos de negócios assentes na cloud e na mobilidade». Quem o garante é António Ferreira, managing director da Claranet.

De acordo com este responsável, as empresas mais estabelecidas ainda não se encontram preparadas para o novo contexto tecnológico e estão neste momento, na sua maioria, a analisar de que forma podem integrar a mobilidade e as redes sociais nos seus negócios, assim como a pensar a migração para a cloud.

Esta migração não é inocente. António Ferreira assume que os atractivos da terceira plataforma não são o único driver da mudança. O contexto económico desfavorável (pouco crescimento) e o elevado preço do dinheiro (face a um passado recente), são dois factores que no entender deste responsável «levam as empresas a apostar mais na cloud e em modelos de negócio mais ágeis e inovadores, preconizados pela terceira plataforma, rompendo assim com a tradição».

A fornecer serviços na cloud há muitos anos, quer em infra-estruturas privadas, quer através de clouds públicas, António Ferreira garante que a Claranet possui já um conjunto apreciável de casos de estudo que poderão inspirar outras empresas a seguir o caminho já percorrido por outros e evitar tropeções. De acordo com este responsável a evolução para a nova plataforma nem sempre é linear, existindo erros que devem ser previstos e evitados. «Um dos erros mais perigosos é as empresas não trazerem alguma experiência e know-how externos à sua própria organização, para analisar de que forma a mesma deve adoptar a terceira plataforma», sustenta António Ferreira.

No entender deste responsável, as mudanças são de tal ordem, que hoje em dia poucas empresas têm recursos para analisar as implicações destas transformações em cada negócio. Outro erro, considerado frequente pelo managing director da Claranet é o enfoque das organizações no curto ou médio prazo. «As empresas devem ser capazes de olhar mais longe e preparar a sua própria transformação, mesmo que não tenham disponibilidade para a iniciar desde já», alerta o responsável.


Fonte: Semana Informática

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