Temas como o Big Data e a Cloud são conhecidos da generalidade das pessoas, já o conceito “Internet das Coisas” é algo desconhecido, mas ao mesmo tempo ganha algum destaque no panorama mundial. A chamada “Internet of Things” começa a estar no topo das temáticas tecnológicas.
Mas afinal, o que é a “Internet das Coisas”? É um fenómeno constituído pela multiplicidade de dispositivos conectados à internet e que dialogam entre si, sem ter de existir uma intervenção humana. São dispositivos programados para interagirem entre si e para produzirem acções consoante o seu estado.
As necessidades básicas dos seres humanos mantêm-se, no entanto estas podem ser satisfeitas de uma forma mais inteligente, mais eficaz e carregada de automatismos. Os defensores deste fenómeno, defendem que a Internet e as tecnologias associadas, poderão tornar as nossas casas, os nossos escritórios, as nossas ruas e as nossas cidades mais “inteligentes” e mais “amigáveis” para os seres humanos.
Existem várias áreas ou sectores a serem beneficiados com as utilidades deste fenómeno, a área da saúde, a indústria, transportes e segurança.
Agora pergunta, mas como é que a “Internet das Coisas” pode ajudar estas áreas? No caso da área da saúde, imagine o caso de um paciente com um pequeno implante para monitorizar o seu ritmo cardíaco. Caso o implante “perceba” que o paciente poderá estar em situação de perigo, enviará um sinal para o telemóvel desse mesmo paciente a avisar que deverá dirigir-se ao hospital mais próximo e o mais rapidamente possível. Bastante útil, não acha?
Na área dos transportes, certamente já reparou nos painéis eletrónicos nas paragens de autocarros, com informação relativa ao tempo previsto de chegada (em minutos) dos veículos, permitindo assim ao utente uma gestão do seu próprio tempo de espera nas paragens. Paralelamente com este sistema, existe também o sistema de mensagens SMS ao minuto tem como principal objetivo proporcionar informação, via telemóvel, sobre os horários reais de passagem dos veículos nas paragens. A pedido do utente, são facultados para consulta informação fiável e atualizada sobre a passagem dos veículos, em cada paragem.
Na indústria, comércio, retalho e distribuição de bens, existe a tecnologia RFID que usa frequências de rádio para identificar os produtos é vista como potenciadora da “Internet das Coisas“. Embora algumas vezes identificada como a sucessora dos códigos de barras os sistemas RFID oferecem para além da identificação de objetos informações importantes sobre o seu estado e localização.
Esta tecnologia RFID também está a ser implantada debaixo da pele humana para fins médicos e também em passaportes e cartas de condução.
Mas não só de benefícios nos sectores de actividade é feito este fenómeno da “Internet das Coisas”. Existem já algumas aplicações ligadas ao mesmo que podem ser conjugadas com as tecnologias que hoje utilizamos. Temos o exemplo do Trax, um dispositivo GPS Tracking para crianças, que é utilizado juntamente com o porta-chaves ou no bolso de uma mochila e que permite através de uma aplicação, no telemóvel dos pais, saber em tempo real onde as crianças se encontram e receber alertas, caso estas passem os limites de uma área delimitada.
Os especialistas na área das Tecnologia de Informação e Comunicação acreditam que o uso da internet associada a todas as tecnologias emergentes provocarão uma “revolução” social e transformarão a forma como nos relacionamos com o Mundo onde vivemos.
Tatiana Santos
Departamento Marketing Inforestilo