A Check Point identificou as principais ameaças informáticas que afetam o nosso país e as suas últimas investigações revelam também um aumento de 15% no número de famílias de malware em todo o mundo, bem como uma subida no malware bancário.
A Check Point® Software Technologies Ltd., o maior fabricante mundial especializado em segurança, acaba de publicar o relatório “Indicador de Ameaças”, onde são analisadas as principais tendências das famílias de malware em Portugal e no resto do mundo, com dados recolhidos em maio de 2016.
O maior destaque vai para o crescimento a nível global de 15% no número de famílias de malware, assim como o particular aumento do malware bancário.
No caso de Portugal, um dos tipos de malware bancário mais perigosos, o Trojan Tinba, conseguiu subir até à segunda posição entre os de maior prevalência.
A Check Point detetou um total de 2.300 famílias ativas de malware a atacar redes empresariais a nível mundial durante o mês passado. Foi o segundo mês consecutivo em que se observou um aumento no número de famílias, que entre março e abril já tinha registado um crescimento de 50%.
Este constante aumento mês a mês revela, segundo os investigadores, um espectro cada vez mais amplo de ameaças e uma necessidade cada vez maior de as empresas protegerem os seus ativos críticos de negócio.
Algumas das principais conclusões do estudo:
Em Portugal, o número um do Top é o malware ZeroAccess, um Trojan que recorre a um toolkit avançado para se esconder. É utilizado em esquemas de roubo de Bitcoins e fraudes em que as vítimas são levadas a clicar em links maliciosos. Foi descoberto pela primeira vez em 2011 e estima-se que já infetou mais de 9 milhões de sistemas.
Embora o malware Conficker continue a ser o mais prevalente em todo o mundo, em Portugal o Trojan bancário Tinba propagou-se durante o mês de maio com uma força invulgar, chegando à segunda posição.
A nível mundial ocupa precisamente esta posição como o de maior prevalência durante o último mês. Este Trojan bancário permite aos hackers roubar credenciais (utilizando métodos de injeção), que se ativam quando os utilizadores tentam aceder ao sistema para realizar as suas operações bancárias.
Os ataques contra dispositivos móveis mantiveram-se constantes e o malware Android HummingBad ocupou a nível global a décima posição entre os de maior prevalência em todas as plataformas.
Em Portugal concretamente, ocupa o nono lugar, o que mostra que, apesar de ter sido descoberto pela Check Point em fevereiro, tornou-se rapidamente num malware de uso geral.
O nível de atividade do Android HummingBad revela também, segundo os investigadores, que os cibercriminosos continuam a ver os dispositivos móveis Android como um dos pontos fracos da segurança das empresas e, como tal, um dos alvos com maior potencial de êxito.
Fonte: Empresas Hoje