Número de Vítimas de Ransomware Sobe no Início de 2016!

No primeiro trimestre do ano os ataques de ransomware superaram as APTs. Segundo o último Relatório de Malware da Kaspersky Lab, os analistas detetaram 2.900 novas variantes de malware durante o primeiro trimestre do ano, mais 14% que no trimestre anterior.

Neste período, as soluções de segurança da Kaspersky Lab detetaram 372.602 ataques de ransomware, dos quais 17% tinham empresas como alvo. O número de utilizadores atacados aumentou 30% em comparação com o último trimestre de 2015.

De acordo com a Kaspersky, as três principais famílias de ransomware detetadas neste período foram: Teslacrypt (58,4%), CTB-Locker (23,5%), e Cryptowall (3,4%). As três propagam-se principalmente através de mensagens de spam com ficheiros anexos maliciosos ou links para páginas web infetadas.

Além destas ameaças, o primeiro trimestre de 2016 ficou também marcado pelo Locky. Os produtos da empresa detetaram tentativas de infeção a utilizadores com este Trojan em 114 países.

Outro ransomware popular és o chamado Petya, interessante do ponto de vista técnico devido à sua capacidade de não só encriptar os dados armazenados no equipamento, como também de sobrescrever o registo mestre de arranque da unidade de disco rígido (MBR), deixando os equipamentos infetados incapazes de arrancar o sistema operativo.

No Q1 de 2016 foi ainda detetado um volume de 42,7% de programas publicitários para as ameaças móveis globais, mais de 4 mil novos Trojans móveis (1,7 vezes mais que no trimestre anterior). O número de novos ransomwares móveis aumentou 1,4 vezes, passando dos 1.984 detetados no Q4 de 2015 para 2.895 no Q1 de 2016.

A nível geográfico, a China foi o país mais atacado: 40% dos utilizadores da Kaspersky Lab neste país enfrentaram ameaças móveis. Seguem-se o Bangladesh (28%) e o Uzbequistão (21%). Por outro lado, os países mais seguros foram Taiwan (2,9%), Austrália (2,7%) e o Japão (0,9%).

“Uma das razões pelas quais o ransomware se popularizou é a simplicidade do modelo de negócio utilizado pelos cibercriminosos. Assim que o ransomware se introduz no sistema dos utilizadores, apenas se conseguem desfazer dele sem perder os dados pessoais se pagarem. Além disso, o pedido de resgate em bitcoins faz com que o processo de pagamento anónimo seja atrativo para os cibercriminosos. Outra tendência perigosa é o ransomware-as-a-service como modelo de negócio (RAAS), em que os cibercriminosos pagam uma quota pela propagação de malware e prometem uma percentagem do resgate pago pelo utilizador infetado”, refere Aleks Gostev, analista da Kaspersky Lab.

Durante o período analisado, as soluções da Kaspersky bloquearam um total de 228 milhões de ataques maliciosos em computadores e dispositivos móveis.

Cerca de 21,2% dos utilizadores da Internet enfrentaram a ataques baseados em Web pelo menos uma vez, menos 1,5 pontos percentuais menos que no Q4 de 2015, e quase metade dos utilizadores (44,5%) depararam-se com uma ameaça maliciosa pelo menos uma vez, o que reflete uma subida de 0,8 pontos percentuais face ao mesmo período de 2015.

As soluções da Kaspersky Lab evitaram 459.970 tentativas (menos 23%) de os cibercriminosos acederem aos serviços bancários online dos utilizadores para roubar o seu dinheiro.

Fonte: IT Channel

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