O Governo vai repor os quatro feriados, dois religiosos e dois civis, retirados do calendário português em 2013.
Três anos depois de o calendário português ter perdido quatro feriados, o Governo anunciou esta terça-feira, 5 de janeiro, que vai repor também os feriados religiosos ainda este ano, juntamente com os feriados civis, retirados a 1 de janeiro de 2013, data em que o calendário português perdia quatro feriados: dois religiosos e dois civis.
Do lado dos feriados religiosos, estão em causa o dia em que se celebra o Corpo de Deus e o 1 de novembro, dia de Todos os Santos.
Do lado dos feriados civis, é o dia 5 de outubro, data que assinala a Implantação da República, e o 1.º de Dezembro, que marca a Restauração da Independência. Todos voltam a agora a integrar a lista de feriados no calendário.
Em que dia da semana calham os novos feriados?
Os dois feriados religiosos agora repostos proporcionam duas “pontes perfeitas”, ou seja, duplicar o fim-de-semana. O Corpo de Deus, que tem lugar 60 dias após a Páscoa, acontece no dia 26 de maio, a uma quinta-feira, o que possibilita um fim-de-semana mais prolongado para quem consiga fazer ponte no dia seguinte, sexta-feira, 27 de maio.
Já o dia de Todos os Santos regressa a 1 de novembro, terça-feira, o que, mesmo não significando para todos uma extensão do fim-de-semana para a segunda-feira, significará pelo menos um dia de descanso para quem celebra o Dia das Bruxas, a 31 de outubro.
Quanto aos feriados civis, a ginástica para um dos fins-de-semana alargado é maior. A Implantação da República, a 5 de outubro, celebra-se a uma quarta-feira. No entanto, a recompensa acontece a 1 de dezembro, com a reposição do feriado da Restauração da Independência a coincidir a uma quinta-feira, permitindo “ponte”. Um cenário que se repete na semana seguinte, com o feriado religioso de 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, também a uma quinta-feira.
E os outros feriados?
Mas os fins-de-semana prolongados não se limitam aos feriados repostos. Analisemos mês a mês. O próximo dia será o Carnaval, a 9 de fevereiro, terça-feira, que, apesar de ainda não ser um feriado oficial, um considerável número de empregadores permite aos funcionários usufruir deste dia.
Sublinhe-se ainda que o PCP pretende apresentar “em momento posterior” uma proposta para “fixar o dia de Carnaval como feriado”, depois de ter apresentado o projeto de lei para repor os quatro feriados eliminados na anterior legislatura.
Em Março, as celebrações resumem-se à Sexta-Feira Santa, que em 2016 acontece a 25 de março, e à Páscoa, a 27 de março.
Já em abril, o feriado de dia 25, dia da Liberdade, também acontece a uma segunda-feira, o que compensa o feriado do 1º de maio, a um domingo. A possibilidade de um descanso alargado volta a surgir com os feriados de junho e agosto, com o dia de Portugal a 10 de junho e a Assunção de Nossa Senhora a 15 de agosto, a uma sexta e segunda-feira.
Já a respeito dos feriados municipais de Lisboa e Porto, também a promessa de descanso parece auspiciosa, com os dois feriados a acontecerem, respetivamente, a uma segunda e sexta-feira. Enquanto a 13 de junho, o Santo António abençoa os lisboetas com um feriado a uma segunda-feira, no Porto, São João não fica atrás e entrega aos portuenses uma sexta-feira de descanso, a 24 de junho.
O calendário encerra com dezembro a “perder” dois dos principais feriados para o fim-de-semana. Em 2016, o Natal acontece a um domingo, e, já em 2017, o dia de Ano Novo é também ao domingo, o que significa que dia 24 e 31 de janeiro, acontecem a um sábado. Más notícias para quem normalmente usufrui destes dias.
No total, 2016 abre a porta para mais dias de descanso e terá 14 feriados, dos quais cinco dão origem a “pontes”.
Fonte: Jornal de Negócios