No ano de 2016, os portugueses podem começar a desapertar o cinto. O novo Governo já anunciou a intenção de descongelar o aumento das pensões, assim como eliminar a sobretaxa para muitos contribuintes, o que vai representar mais liquidez ao final do mês para muitos portugueses.
Ao mesmo tempo, alguns preços aumentam mas, por exemplo, as prestações de crédito à habitação deverão manter-se baixas, as rendas não devem sofrer aumentos e quase metade dos municípios cobrará a taxa mínima de IMI, os transportes e autoestradas não devem sofrer alterações. Conheça dez preços para 2016.
1. Eletricidade
A ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos – já anunciou os aumentos que a fatura da eletricidade vai sentir em 2016. Para os consumidores domésticos, que ainda estão no mercado regulado, a fatura da luz subirá 2,5%.
Aqueles que beneficiam da tarifa social, sentirão um aumento de 0,9%. Para os restantes portugueses que já estão no mercado liberalizado, os preços são fixados pelos comercializadores.
2. Água
O preço da água é definido por cada município mas, este ano esperam-se algumas mudanças devido às alterações que estão a acontecer no setor e que visam reequilibrar o tarifário para o setor das águas e saneamento. Esta alteração irá refletir-se num aumento das tarifas dos concelhos mais populosos e uma descida nos restantes.
Por exemplo, a EPAL, entidade que abastece o concelho de Lisboa, já anunciou aumentos de 6%, a Águas do Porto estipulou um aumento de 3,3%. No sentido oposto, o município de Torres Vedras estima uma redução de 6,6% da fatura para a maioria dos consumidores domésticos.
3. Telecomunicações
As três grandes operadoras de telecomunicações já anunciaram os preços que vão entrar em vigor em 2016. Assim, de acordo com um levantamento feito pelo Diário Económico, a Vodafone irá aumentar os preços entre 2 a 3% a partir de janeiro, a MEO subirá os preços, em média, 2,5%, enquanto a NOS vai aumentar os preços em cerca de 4% nos pacotes ‘triple’ e ‘quadruple play’, aos mais requisitados, diz o Dinheiro Vivo.
4. Gás
O preço do gás natural irá manter-se inalterado, uma vez que a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) reviu as tarifas reguladas a um de Julho de 2015 e irão manter-se até junho de 2016.
A entidade definiu uma descida de 7,3% das tarifas transitórias para consumidores com consumo anual inferior a 10.000 m3, quando comparados com os preços de julho de 2014. Na segunda metade do ano, poderão existir novos ajustes.
5. Pão e Laticínios
O preço do pão sofrerá pequenos ajustes entre 2 e 3%, disse José Francisco Silva, presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), à Lusa. Significa isto que, de uma forma generalista, o preço de uma carcaça pode aumentar cerca de meio cêntimo.
Já no que diz respeito aos lacticínios, Paulo Costa Leite, secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios, afirmou ao Público, que não não se prevê um aumento do preço do leite e queijo em 2016.
6. Crédito à Habitação
As previsões apontam para que quem tenha crédito à habitação indexado à Euribor (três, seis ou 12 meses) possa continuar a respirar de alívio em 2016, uma vez que as prestações deverão continuar baixas.
Uma expectativa que se reflete no mercado de contratos de futuros, onde os contratos que estão a negociar sobre a Euribor a três meses apontam para que este indexante se situe em dezembro de 2016 nos -0,2%. A confirmar-se a expectativa dos mercados financeiros, significa que a taxa Euribor a três meses vai continuar a cotar em valores negativos.
Recorde-se que no início de dezembro, as Euribor voltaram a cair para novos mínimos, tanto a três, seis como a doze meses, que foram fixadas em -0,116%, – 0,045% e 0,045%, respetivamente.
7. Rendas
O preço das rendas ficará praticamente igual em 2016, uma vez que o coeficiente de atualização de renda para 2016 é de 1,0016. Este valor é estipulado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e publicado em Diário da República, e resulta da taxa de inflação do mês de agosto, que aumentou 0,16. Isto significa que numa renda de 500 euros haverá um aumento de 80 cêntimos.
8. IMI
No que diz respeito ao IMI, já são conhecidas as taxas aplicadas pelos municípios aos seus cidadãos. Dentro de um universo de 308 autarquias, um total de 135 vão atribuir a taxa mínima de IMI.
Além disso, existe ainda o desconto que muitos concelhos vão atribuir às famílias, o que irá amenizar a fatura deste imposto.
9. Portagens
Os condutores podem respirar de alívio em 2016, uma vez que as portagens das autoestradas concessionadas deverão manter-se, devido à baixa inflação verificada em 2015.
De acordo com Instituto Nacional de Estatística, a inflação homóloga em outubro, que serve de referência à atualização anual das portagens, registou uma variação de 0,6% face ao mesmo mês do ano passado. Um valor que não é suficiente para determinar um aumento das taxas cobradas no próximo ano.
10. Tabaco e Álcool
O preço destes produtos deve manter-se. Tanto o imposto sobre o tabaco, como o imposto sobre o álcool e bebidas alcoólicas sofreram aumentos em 2015, no entanto, não está previsto, até à data, que venham a sofrer novo aumento no próximo ano.
Fonte: Saldo Positivo