A melhor forma de manter as finanças em ordem é planear os gastos e delinear uma estratégia para que haja espaço para a poupança.
Existem despesas pontuais que dependem de algumas variáveis, como o seguro automóvel ou o Imposto Único de Circulação (IUC), no entanto, todos os meses é possível esperar alguns gastos, que devem ser precavidos para que seja possível gastar o menos dinheiro possível.
Janeiro
Começou um novo ano e as finanças ainda estão a recuperar do rombo do Natal e da passagem de ano. É agora a altura ideal para começar a preparar o orçamento para o resto do ano, estabelecer objetivos de poupança e preparar as principais despesas que se avizinham. Quando estiver a fazê-lo, lembre-se das despesas fixas, como por exemplo: impostos, condomínio, revisão e inspeção do automóvel, aniversários ou casamentos.
Apesar do frio, é também a altura perfeita para começar a pensar nas férias de verão. Ainda faltam alguns meses para lá chegar, mas lembre-se que quanto mais cedo começar a planear, maior será a poupança e menos penosa será a despesa. Pense onde gostaria de passar as suas férias, comece a investigar os preços e estabeleça uma quantia que seja indicada para o que irá gastar. Depois apenas terá de delinear um plano para conseguir fazer a respetiva poupança.
Aproveite ainda o mês de janeiro para aceder ao E-fatura, fazer uma última ronda às despesas que teve no ano passado, para validar faturas pendentes e confirmar se as faturas estão bem alocadas. Lembre-se que o prazo para validar faturas termina no dia 15 de fevereiro de 2016. Só assim poderá usufruir do benefício fiscal a que tem direito.
Fevereiro
No mês de janeiro já deve ter sentido a conta da eletricidade a disparar devido à utilização mais intensa de sistemas de aquecimento. Em Fevereiro, é importante que controle este custo, antes que se se torne insustentável e arruíne o orçamento familiar.
Por esta altura, os gastos com o Natal e a passagem de ano já foram esquecidos, mas as festividades regressam. Nem todos gostam de celebrar estas ocasiões, mas Fevereiro é mês de Dia dos Namorados e de Carnaval. Isto pode significar despesas extra.
Se gosta de celebrar o Dia dos Namorados pode querer oferecer um presente ou um jantar romântico. Já os custos com o Carnaval (máscaras) podem ser reduzidos se planear os eventos com a devida antecedência.
Março
Vale a pena recordar que com a Reforma do IRS mudam os prazos de entrega da declaração de rendimentos. Deixa de haver prazos diferentes consoante entregue a declaração de IRS em papel ou via online. Assim sendo, de acordo com o artigo 60º do Código do IRS, quem tiver rendimentos do trabalho dependente (A) ou de pensões (H) terá de efetuar a respetiva declaração de IRS entre dia 15 de março e 15 de abril.
Um atraso pode representar uma coima que oscila entre os 18,75 e os 3.750 euros, consoante a data em que entrega a declaração de IRS.
Março é também o mês do Dia do Pai (dia 19) e de Páscoa (dia 27), sinónimo de presentes, bebida, comida e ovos de chocolate. Por regra, esta quadra representa uma conta de supermercado mais elevada, que deve estar contemplada no orçamento familiar. Muitos portugueses também aproveitam a altura para fazer umas miniférias.
Abril
Os pensionistas e trabalhadores dependentes têm até 15 de abril para entregar a sua declaração de IRS. Já os portugueses que obtenham rendimentos de outra natureza (trabalhadores independentes ou rendimentos prediais, por exemplo) devem regularizar a sua situação tributária a partir de dia 15 de abril e até 15 de maio.
Mas as obrigações tributárias não terminam por aqui. Para os proprietários de casa, abril é o mês em que têm de regularizar o IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis. Se a prestação for inferior a 250 euros, paga de uma só vez em abril. Caso seja superior, pode pagar em duas (abril e novembro) ou em três vezes (abril, julho e novembro).
Em abril também se comemora a Liberdade, no dia 25, que este ano calha a uma segunda-feira. Isto significa fim de semana prolongado, que pode ser aproveitado para umas miniférias. Comece já a pensar nisto o quanto antes.
Maio
Para a maior parte dos portugueses, maio é um mês sem despesas avultadas. Exceto se for altura de pagar despesas anuais pontuais como o IUC – Imposto Único de Circulação, ou o condomínio, por exemplo.
No entanto, é neste mês que se celebra o Dia da Mãe (dia 8). Se quer surpreender a sua progenitora com um presente especial, como uma massagem relaxante ou um fim de semana num hotel de sonho, é importante que planeie essa despesa antecipadamente.
Junho
Vamos a meio do ano e caminhamos a passos largos para as férias de verão. Até lá ainda há despesas extra que, se não forem previstas, podem arruinar o orçamento familiar. O mês de junho começa logo com o Dia Mundial da Criança. Em 2016 este dia comemora-se a uma quarta-feira, mas quem tem filhos não perde a oportunidade de celebrar o seu dia, nem que seja uns dias mais tarde durante o fim de semana.
É ainda de relembrar que dia 10 de junho é feriado (Dia de Portugal) e que em 2016 calha a uma sexta-feira, perfeito para uma escapadinha. Planeie este fim de semana prolongado com antecedência. E o que seria do mês de junho sem o cheiro a sardinha? É neste mês que se comemoram os Santos Populares, por isso, não se esqueça de reservar uma parcela do orçamento deste mês para a sardinhada com amigos e família.
Julho
Embora a data de reembolso possa sofrer alterações devido à Reforma do IRS e não haja um compromisso do Fisco em relação à data de devolução do imposto, costuma acontecer até ao final de julho. Pelo que se tiver imposto a receber do Estado, poderá contar com esta receita extra durante este mês.
Para muitas famílias, o reembolso do IRS é um balão de oxigénio para poderem ir de férias. Se estava à espera deste dinheiro para marcar as suas férias, faça-o o quanto antes porque, por esta altura, a oferta já é mais reduzida e os preços já subiram. Não se esqueça ainda que, se paga mais de 500 euros de IMI e regulariza o pagamento em três prestações, a segunda parcela tem lugar em julho.
Agosto
Se, pelo contrário, em vez de receber imposto do Estado, tiver de pagar algo, tem até ao final de agosto para regularizar a sua dívida. Agosto é também o mês em que muitas pessoas recebem o seu subsídio de férias (aqueles que não o recebem em duodécimos).
Podem utilizá-lo para pagar o imposto, para ir de férias ou, de preferência, podem canalizar o subsídio para a poupança, uma vez que se avizinham despesas avultadas durante o mês de setembro.
Setembro
Depois das férias, no mês de setembro os adultos enfrentam o regresso ao trabalho e os mais pequenos voltam para a escola. Para os pais, o início de um novo ano letivo encerra muitas despesas: Livros, material escolar e roupa nova. Não se esqueça de reservar uma parcela do seu orçamento familiar para as despesas do regresso às aulas, caso contrário pode resultar em danos nas contas da família.
Uma dica importante: quando estiver às compras, não se esqueça de pedir sempre fatura com número de contribuinte para pode deduzir as despesas com material escolar no IRS de 2016.
Outubro
Passadas as despesas avultadas de setembro, o mês de outubro traz alguma tranquilidade aos bolsos das famílias portuguesas. No geral, não há nenhuma despesa extra a registar.
No entanto, no dia 31 de outubro celebra-se o Dia das Bruxas que, apesar de não ser uma tradição nacional, há alguns anos que os portugueses têm vindo a abraçar esta comemoração e mascaram-se a rigor. Tal como o carnaval, se não quer gastar muito dinheiro com as máscaras, é importante começar a pensar com alguma antecedência.
Novembro
No dia um de novembro comemora-se o Dia de Todos os Santos, que este ano calha a uma terça-feira. Pode aproveitar para gozar um fim de semana prolongado, o que implica sempre gastos extra.
Novembro é também o mês em que os mais precavidos começam a comprar presentes de natal. Desta forma têm mais opções de escolha e também podem aproveitar alguns descontos que existem, nomeadamente a ‘Black Friday’ que acontece sempre na última sexta-feira do mês de novembro. Em novembro também se paga a última prestação de IMI.
Dezembro
Chegados ao último mês do ano é altura é de “abrir os cordões à bolsa”. O Natal avizinha-se e, uma semana mais tarde, a passagem-de-ano. O ideal é que tenha elaborado um orçamento específico para estas festividades, para que as despesas não fiquem descontroladas.
Fonte: Saldo Positivo
