Ser capaz de copiar, modificar e partilhar imagens na Internet é algo que parece normal agora, mas a organização de normalização do formato JPEG está a tentar mudar esta situação.
Há vários meses que o JPEG Committee está a considerar um esquema de DRM para o seu popular formato de imagem. Enquanto uma extensão DRM (Digital Rights Management ou gestão de direitos digitais) já existe para o JPEG 2000, o comité está agora a pensar em acrescentar os DRM de forma mais ampla.
O JPEG Committee afirma ter boas intenções, argumentando que a proteção dos direitos ajudaria a proteger a privacidade. Com o DRM, por exemplo, pode-se evitar que uma imagem privada se espalhe para além do seu público-alvo. Também pode ajudar a evitar o roubo das agências de notícias ou de repositórios de imagens.
Obviamente, isso pressupõe que o DRM não poderia ser facilmente contornado através de ferramentas de captura de ecrã ou por outros métodos.
Como a Eletronic Frontier Foundation (EFF) argumenta, essas medidas de protecção também poderão ter um impacto cultural negativo, impedindo o uso justo (“fair use”) e a citação, e também poderá abrir a porta para reivindicações falsas sobre DRM em obras de domínio público e colocar problemas de interoperabilidade.
Em termos práticos, os “memes” da Internet ou um serviço orientado à imagem como o Pinterest podem ter mais dificuldades em existir.
A EFF recomenda em alternativa soluções de watermarking, esteganografia, e reforço da actual lei do direito de autor e dos termos de licenciamento.
Fonte: ComputerWorld