Ao olhar para os números de uma folha de balanço, um gestor consegue percecionar facilmente se a situação financeira da sua empresa é (ou não) saudável.
Apesar de os números serem uma ferramenta essencial para se analisar o passado e o presente de uma empresa, nem sempre são suficientes para conseguir apurar se a empresa está (ou não) a seguir uma boa estratégia de longo prazo, para isso tem de recorrer a outras ferramentas. Uma das mais utilizadas no mundo empresarial é a análise SWOT.
A sigla SWOT é composta pelas iniciais das seguintes palavras: Strenghts (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Esta análise tem como objetivo definir a ligação entre os pontos fortes e fracos internos da empresa e as tendências mais importantes que se verificam na sua envolvente global.
O que é avaliado na análise SWOT?
Strenghts (Forças) – Este ponto refere-se às vantagens internas da empresa e dos produtos ou serviços que comercializa. Nesta análise interna são avaliados os principais aspetos que distinguem a sua empresa face à concorrência. Por exemplo, o facto de ter preços competitivos em relação aos praticados por concorrentes é um ponto forte.
Weaknesses (Fraquezas) – Através de estudos internos é possível identificar aquilo que está a correr menos bem na empresa e o que pode ser melhorado. Por exemplo, se faltam colaboradores qualificados, se existem poucos recursos, se a infraestrutura está tecnologicamente pouco desenvolvida, todos estes são pontos fracos que podem ser identificados.
Opportunities (Oportunidades) – Se os pontos anteriores referiam-se à análise interna da sua empresa, as oportunidades e as ameaças referem-se às condicionantes externas que podem ter impacto positivo ou negativo. Naquilo que diz respeito às oportunidades, é importante identificar os aspetos do mercado que oferecem uma vantagem competitiva. Este foco pode permitir, por exemplo, detetar novos segmentos de mercado.
Threats (Ameaças) – Aqui são analisados os fatores negativos do ambiente envolvente que podem afetar o negócio da organização. Esses factores externos podem ser de várias naturezas, nomeadamente, de ordem económica, demográfica, tecnológica, político-legal ou socio-cultural. Por exemplo, uma empresa que produza unicamente para o mercado interno, perante uma crise económica que afete o país, ficará numa situação financeira difícil. Essa dependência de um único mercado pode ser uma ameaça para o seu futuro. Se a organização identificar esta ameaça atempadamente poderá delinear uma estratégia de internacionalização, com o objetivo de diversificar o negócio e não ficar refém das vendas provenientes de um único mercado.
Como se implementa?
Muitas empresas recorrem à análise SWOT para diagnosticar um problema e procurar uma solução para melhorar o seu negócio. O IAPMEI – no seu “Guia Prático de Suporte à Gestão” – dá algumas pistas sobre como as empresas podem implementar este tipo de ferramenta.
O primeiro passo é fazer uma auditoria externa, na qual são reunidos todos os fatores externos que influenciam o negócio de uma empresa (o meio envolvente, o mercado, a concorrência e os clientes).
O segundo passo é fazer uma auditoria interna onde são analisados os fatores internos que determinam a evolução do negócio. Aqui é essencial avaliar a área de marketing e vendas, o departamento financeiro, a área de compras, o departamento de recursos humanos e a área de produção.
Depois de distinguidos os pontos fracos e fortes passa-se à terceira fase. Trata-se da construção do mapa SWOT, onde estarão esquematizadas todas as informações recolhidas. É com base neste mapa que os gestores conseguirão identificar quais são as grandes prioridades estratégicas da empresa.
Vantagens da Análise SWOT:
- Identificar os elementos chaves para a gestão da empresa;
- Realizar uma síntese das análises externas e internas;
- Analisar quais os riscos a ter em conta;
- Identificar quais os problemas a resolver;
- Quais as vantagens e as oportunidades a potenciar e explorar;
- Realizar uma previsão de vendas em articulação com as condições do mercado e com as capacidades da empresa.
Fonte: Saldo Positivo