O fenómeno do Big Data está cada vez mais intrínseco no nosso quotidiano, mas não é tão simples como parece. Não consiste apenas em aglomerar o maior número de dados possíveis e daí retirar ilações úteis para a nossa estratégia empresarial. Se assim fosse, existiam mais empresas a beneficiar das vantagens do Business Intelligence e do Analytics.
Muito se tem pesquisado acerca deste fenómeno do Big Data e do seu impacto nas estruturas empresariais. Conclusões recentes afirmam que o problema do entrosamento do Big Data nas empresas não está nas estruturas informáticas, mas sim na própria cultura empresarial.
Especialistas afirmam que a mudança na cultura empresarial deve começar pelas direcções das empresas. É crucial que um gestor/empresário tenha uma visão forte e proactiva e que consiga transmitir aos seus colaboradores uma constante mudança de mentalidade e de formas de trabalhar, ajustadas ao panorama exterior. Uma cultura de Big Data terá tanto mais sucesso quanto mais universal for o acesso aos dados dentro da própria empresa, ou seja, os colaboradores também devem estar envolvidos com estes dados. Será importante que todos na empresa consigam associar esses dados aos objectivos da empresa e que saibam lidar com os mesmos.
É de realçar a extrema necessidade de formação no seio dos colaboradores da empresa. Isto porque apenas 25% dos empresários inquiridos, num estudo levado a cabo pelo Instituto Universitário Europeu, afirma que os seus colaboradores são capazes de extrair, de forma eficaz, informação relevante através dos dados recolhidos.
Assim sendo, existem três pequenos passos que podem ajudar, de forma gradual, a implementar uma cultura de Big Data na sua empresa.
Criar uma estrutura base de tecnologia de apoio
Todos os dados que chegam até à sua empresa são provenientes das mais variadas fontes, desde transacções bancárias de clientes, relatórios de redes sociais, telemarketing, e-mail, reuniões, entre muitos outros. Assim sendo, será necessária a criação de uma base assente em todas as ferramentas utilizadas para recolher, processar e analisar as informações. Temos como exemplo: estruturas de armazenamento de dados com uma boa capacidade de armazenamento, bancos de dados, softwares de Big Data, entre outros.
Formar/Recrutar as pessoas certas
Mesmo com a melhor estrutura de hardware e software, é impensável obter bons resultados sem recursos humanos capazes de entender e aproveitar as informações recolhidas. É necessário que a sua empresa aposte na formação de uma pessoa com aptidão para esta área ou que recrute alguém com o perfil desejado.
Fomentar e manter uma visão empresarial actualizada
Tendo uma base tecnológica de apoio e os recursos humanos certos para manipularem as informações, é igualmente importante consciencializar, recorrentemente, que as tomadas de decisão dentro da empresa devem seguir um propósito ligado às conclusões obtidas, através da recolha e análise dos dados. É crucial que a empresa fomente uma cultura interna em que os dados façam parte do quotidiano e que sejam a base para a optimização de processos e tomadas de decisão.
Assim que uma empresa tenha as ferramentas, os recursos humanos e a cultura necessários para que se possa reger pela análise de dados, poderá alcançar o objectivo principal do Big Data – criar e fomentar novas estratégias, novos produtos/serviços e inovar indo ao encontro das necessidades e padrões dos seus clientes e potenciais clientes.
Não perca mais “terreno” e arrisque numa cultura de Big Data, temos as ferramentas necessárias que o poderão ajudar a impulsionar a sua empresa.
Tatiana Santos
Departamento Marketing – Inforestilo