Todos os dias existem ataques informáticos. Porém, esta é uma realidade que não é tida em conta pelos governantes dos países tecnologicamente mais evoluídos. Quem dá conta desta realidade é Paulo Veríssimo, um dos maiores especialistas mundiais de cibersegurança.
Para este especialista, um ataque informático pode parar um país. Apenas alguns países (EUA, Holanda, etc) que levam o ciberterrorismo como uma ameaça e que possuem uma estratégia de cibersegurança activa estão minimamente preparados para um ataque. Na sua opinião, Portugal encontra-se 10/15 anos atrasasdo em relação a esses países, já que Portugal não concluiu a sua estratégia de cibersegurança e não possui nenhum Centro de Cibersegurança operacional.
Mas o que é um Centro de Cibersegurança? É um Centro que supervisiona a estratégia e táctica dos problemas de cibersegurança com que o paí se depara e que serve para agilizar as suas capacidades de defesa. Quando algo no campo cibernético se encontra extremamente errado, o Centro tem o papel de fazer o Governo entender que se precisa de passar para a ciberdefesa, que conta com alianças internacionais. No nosso país, a ciberdefesa está mais optimizada do que a cibersegurança, que prevê a utilização de ciberarmas.
Paulo Veríssimo refere ainda que os responsáveis no Estado Português por montar uma estratégia nacional de cibersegurança e protecção de infra-estruturas críticas nunca ligaram muito às suas opiniões, o que demonstra uma certa “leveza” no tratamento do assunto.
Fonte: Jornal Público