Um terço dos funcionários inquiridos pela consultora Ipsos Mori junto de PMEs portuguesas afirmou que as tecnologicas de informação em uso na sua empresa estão desactualizadas, e mais de 60% acredita que esta área seria mais competitiva se utilizasse tecnologia moderna
Inovação Tecnológica, Mobilidade e Flexibilidade – estes são os três pontos chave para aumentar a produtividade das PMEs portuguesas, identificados por quem nelas trabalha. Mas se não há dúvidas em relação ao caminho a seguir, a realidade que se vive nestas empresas é bem diferente, revela um estudo realizado pela consultora Ipsos Mori junto de empregados em PMEs em Portugal e mais 12 países europeus.
Segundo este estudo, em Portugal, um terço dos inquiridos afirma que as tecnologias de informação em uso na sua empresa estão desatualizadas, e mais de 60% acredita que esta área seria mais competitiva se utilizasse tecnologia moderna. Dos que acreditam que os sistemas informáticos são obsoletos, quase dois em cada três (65%) lamentam o facto de as suas empresas não disponibilizarem o acesso a tablets ou smartphones. 52% dos colaboradores afirma mesmo que a sua empresa não utiliza aplicações móveis, 59% aponta a existência de dispositivos (computadores e laptops) com cinco a 10 anos de utilização, enquanto metade diz trabalhar com sistema operativos já ultrapassados, com mais de cinco anos de vida.
A possibilidade de trabalhar fora do escritório é bastante desejada por grande parte dos profissionais (42%), assim como o acesso móvel ou remoto a documentos de trabalho (91%). A possibilidade de partilhar informação e comunicar com os colegas é outro dos pontos fundamentais para aumentar a produtividade das PMEs portuguesas, dizem os entrevistados neste estudo.
E se três em cada cinco colaboradores (62%) até consegue aceder a documentos do trabalho fora do escritório, a verdade é que 50% o faz usando os seus dispositivos pessoais e pagos por si, e só 45% usa dispositivos cedidos pela empresa, o que lhes garante acesso a documentos e arquivos importantes (57%), à sua área de trabalho (55%) e ao email profissional (55%). Dos dispositivos que as empresas entregam aos seus trabalhadores e que lhes permitem trabalhar a partir de qualquer sítio, os mais comuns são os laptops (77%), os smartphones (34%) e os PCs (25%). O que prova que os tablets ainda não fazem parte dos equipamentos informáticos utilizados pela maioria das empresas.
Fonte: ITChannel