Desde há algum tempo para cá, e especialmente nos momentos de crise que atravessamos, a gestão de stock eficaz passou a ser uma preocupação constante dos gestores na área do Retalho. Com diminuição do número de clientes e com a redução no volume total de compras que cada cliente faz hoje em dia no retalho, ninguém se pode dar ao luxo de perder uma venda ou mesmo perder um cliente, por que não existe um determinado artigo em stock.
É também cada vez mais verdade, que no Retalho ninguém quer ter um stock muito elevado, para não empatarem capital (muitas vezes escasso), depreciação de alguns artigos, descontinuidades, etc. Esse ónus é normalmente “empurrado” para as ramificações anteriores da cadeia: distribuidores, operadores logísticos, centrais de compras, entre outros. Deste modo, os retalhistas aproveitam a crescente capacidade de resposta e rapidez no fornecimento, por parte dos distribuidores, para reduzirem as quantidades encomendadas e gerirem o stock de uma forma mais racional. Para melhorarem este processo de encomendas, com maior controlo dos custos e a optimização dos processos internos de compras (pontos cruciais na sustentabilidade financeira e crescimento do negócio), estas empresas procuram cada vez mais ferramentas de gestão (software de gestão – ERP’s) que forneçam dados, em tempo real, que auxiliem na tomada de decisão, que se pretende cada vez mais rápida e assertiva.
Os softwares de gestão são cada vez mais completos e cada vez mais customizados aos vários sectores de actividade, contemplando as especificidades de gestão dos mesmos. Com estas ferramentas é possível distribuir o stock total pelos vários armazéns, pelas várias lojas de um grupo de lojas, controlar margens de lucro dos vários artigos, últimos preços de compra e de venda, automatizar promoções, campanhas e descontos especiais. Outras ferramentas como o RFID (Radio-Frequency IDentification) permitem uma gestão de stock automatica, ou seja, em qualquer momento podemos saber o stock exacto de cada artigo e a respectiva localização. A rastreabilidade é também um ponto extremamente importante para alguns sectores, onde a localização de um determinado artigo ou a data de fim de validade do mesmo são fundamentais. A possibilidade de automatizar a entrada e saída de stock de artigos como calçado e vestuário com agrupamento por tamanhos e cores, a construção de menus na restauração, a utilização de artigos compostos (vários artigos são transformados num), a identificação e pesquisa através do número de série ou no caso dos telemóveis, a identificação através do IMEI, e a utilização de múltiplas referências (do fabricante, do fornecedor ou criada) com a impressão de etiquetas com códigos de barras e respectiva leitura através de leitores ópticos, que aceleram o processo de identificação, picking e de venda.
Todas estas funcionalidades atrás identificadas e outras que não foram aqui apresentadas por omissão ou porque não estão directamente ligadas à gestão e manuseamento do stock, fazem parte da grande maioria das soluções de gestão disponíveis para os vários negócios de retalho. Seja para um único ponto de venda ou para uma cadeia lojas, seja para uma solução simples de POS com ecrã táctil ou para uma solução completa de gestão com backoffice, o automatismo e optimização de processos são uma realidade cada vez mais presente e exigidas pelos gestores actuais. Estes têm que conhecer bem o seu negócio, perceber quais são os dados chave na gestão dos artigos que comercializam e aconselhar-se com o seu parceiro e fornecedor de software que tem o papel fundamental, não só na escolha da solução, mas também na customização da mesma.
João Afonso
Inforestilo – Departamento Comercial